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O que todo mundo deveria saber sobre o Transtorno do Espectro Autista

  • Foto do escritor: Dr. Lucas Moura
    Dr. Lucas Moura
  • 14 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de jul. de 2024

Olá, Dr Lucas aqui! Você conhece o TEA? É familiar com a sigla? Como identificar sinais precoces nas crianças?


Então, seja a diferença e me acompanhe na jornada de:


O que todo mundo deveria saber sobre o Transtorno do Espectro Autista

Trata-se de um forma de neurodesenvolvimento atípica, portanto o surgimento dos primeiros sinais e sintomas ocorrem ainda na infância.


O que todo mundo deveria saber sobre o transtorno do espectro autista
O que todo mundo deveria saber sobre o transtorno do espectro autista

Apresenta diversos componentes ambientais e genéticos que interagem na maturação neuronal e formação dos circuitos cerebrais.


Existem ferramentas para rastreio que podem ser utilizadas precocemente:


  • Modified-Checklist for Autism in Toddlers (M-CHART-R): questionário preenchido pelos pais desenvolvido para identificar crianças em risco na população em geral. Deve ser aplicado pelos pediatras rotineiramente (AAP sugere aplicar aos 18 e 24 meses);

  • Autism Screening Questionnaire (ASQ): questionário preenchido pelos pais que avalia habilidades de comunicação, motricidade grossa, motricidade fina, resolução de problemas e adaptação pessoal.


Testes genéticos, metabólicos, neuroimagem e eletroencefalograma podem entrar como métodos complementares a fim de afastar outras possibilidades.


Podemos estabelecer 2 grandes pilares para a avaliação inicial:


Primeiro pilar: Déficit persistente na comunicação e interação social


Dificuldade na reciprocidade socioemocional, variando, por exemplo, de abordagem social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa normal ao compartilhamento reduzido de interesses, emoções ou afeto.


Dificuldade nos comportamentos comunicativos não verbais usados para interação social, variando, por exemplo, de comunicação verbal e não verbal pouco integrada à anormalidade no contato visual e linguagem corporal; ou déficits na compreensão e no uso de gestos à ausência total de expressões faciais e comunicação não verbal.


Dificuldade para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, variando, por exemplo, de dificuldade em ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais diversos à dificuldade em compartilhar brincadeiras imaginativas ou em fazer amigos à ausência de interesse por pares.


Segundo pilar:

Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades


Movimentos estereotipados, uso de objetos ou fala estereotipados ou repetitivos:

  • Estereotipias motoras simples;

  • Alinhar brinquedos ou girar objetos;

  • Ecolalia;

  • Frases idiossincráticas;

  • Referir a si mesmo usando o próprio nome.


Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de comportamento verbal ou não verbal:

  • Sofrimento extremo em relação a pequenas mudanças;

  • Dificuldades com transições;

  • Padrões rígidos de pensamento;

  • Rituais de saudação;

  • Necessidade de fazer o mesmo caminho ou ingerir os mesmos alimentos diariamente.


Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco:

  • Forte apego ou preocupação com objetos incomuns;

  • Interesses excessivamente circunscritos ou perseverativos.


Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do ambiente:

  • Indiferença aparente à dor/ temperatura;

  • Reação contrária a sons ou texturas específicas;

  • Cheirar ou tocar objetos de forma excessiva;

  • Fascinação visual por luzes ou movimento.

Interesses fixos e restritos devem chamar atenção na avaliação da criança
Interesses fixos e restritos devem chamar atenção na avaliação da criança

A base para o melhor desenvolvimento, especialmente das crianças, são as terapias:


As intervenções mais utilizadas se baseiam na análise aplicada do comportamento (ABA), como a intervenção comportamental intensiva precoce (ElBl), que deve ser realizada individualmente por mais de 20 horas por semana durante dois ou mais anos.


Outras intervenções, como o Modelo de Denver do Início Precoce (ESDM), baseiam-se no contexto natural para desenvolver habilidades de comunicação social e emocionais.


O tratamento medicamentoso atualmente disponível não atua nas principais necessidades dos pacientes com TEA, como é o caso da Risperidona.


As medicações ajudam no controle de sintomas específicos, tais quais:


-Comportamento agressivo

-Irritabilidade

-Insônia

-Hiperatividade e desatenção

-Ansiedade

-Rituais compulsivos


A Risperidona é uma medicação da classe dos antipsicóticos e no TEA é utilizada, principalmente para controle da agressividade e irritabilidade. Como efeito adverso, provoca sonolência, auxiliando na insônia.

Porém, tende a provocar ganho de peso importante, especialmente quando o paciente não tem acompanhamento nutricional e educador físico apropriados.


Portanto, o TEA é um desenvolvimento atípico multifatorial que deve ser abordado por múltiplos profissionais da saúde. Apesar disso, o principal é a família, seu amor e dedicação.


O principal é a família e o amor
O principal é a família e o amor

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Obrigado!

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