top of page

O guia definitivo para entender a Intervenção Breve

  • Foto do escritor: Dr. Lucas Moura
    Dr. Lucas Moura
  • 19 de ago. de 2024
  • 2 min de leitura

Olá, Dr Lucas aqui! Neste post vamos abordar de maneira eficaz a Intervenção Breve.


Acompanhe o guia definitivo para entender a Intervenção Breve.


Dependência química
O guia definitivo para entender a Intervenção Breve

Trata-se de uma estratégia usada com pacientes usuários de substâncias (ex.: álcool, tabaco, outras drogas), para tempos limitados de consulta, que busca a mudança de comportamento do paciente.


É utilizada especialmente na Atenção Primária à Saúde (APS), é considerada a primeira escolha para abordar pacientes com suspeita de problemas envolvendo o consumo de bebidas alcoólicas.


Algumas particularidades da Intervenção Breve que merecem destaque:


O objetivo é evitar a progressão do consumo e reduzir os danos;


Mais indicada para uso nocivo, e não para casos mais graves de dependência.


Duração de 1-4 encontros;


Estabelecimento de metas;


Estímulo ao autocuidado do paciente;


Reconhecimento de situações de risco e as respectivas estratégias para evitar o retorno ao uso prejudicial da substância;


Fazer perguntas abertas, estimulando o paciente a falar sobre os problemas que está enfrentando;


É um método que segue o passo a passo FRAMES, conforme mostrado adiante;


é considerada a primeira escolha para abordar pacientes com suspeita de problemas envolvendo o consumo de bebidas alcoólicas.

Passos da Intervenção Breve: FRAMES


1)Avaliação do uso de substâncias e devolutiva (feedback): Uso de questionários, como a escala CAGE (Cut down, annoyed by criticism, guilty e eye-opener ) ou o teste AUDIT (Alcohol use disorders identification test ), com retorno ao paciente, estimulando a reflexão sobre seu risco pelo uso das substâncias e estimulando-o a iniciar o processo de tratamento.


2) Responsabilidades e metas (responsability): Identificar prejuízos com o uso da substância, estimular a responsabilização do paciente sobre seu próprio cuidado e construir metas para as próximas consultas. Nesse sentido, é importante identificar o estágio motivacional no qual o paciente se encontra, pactuando metas de acordo. Leia o post Entrevista Motivacional.


3) Aconselhamento (advice): Fornecer informações claras sobre as substâncias, de acordo com os conhecimentos atuais, sem julgamentos, principalmente relacionadas com os problemas que o paciente enfrenta. Deve-se estar atento para preservar a autonomia de decisão do paciente.


4) Estratégias para mudança de comportamento (menu): Identificar os gatilhos e hábitos que estimulem o uso da substância e tentar mudanças favoráveis na rotina nesse sentido. Construir, juntamente com o paciente, um "cardápio" de opções que possam ser utilizadas por ele e pela equipe de saúde para o enfrentamento do problema.


5) Empatia (empathy): Fortalecer o vínculo, de maneira a estar disponível para o paciente e suas dúvidas, mostrando-se empático e compreensivo.


6) Autoeficácia (self-efficacy): Motivar e confiar na capacidade do paciente e dos recursos disponíveis para enfrentar o problema. Realizar o reforço positivo, enfatizando o progresso que o paciente já obteve desde o início do enfrentamento do problema.


Então, ficou claro o que é a Intervenção Breve?

Comente suas dúvidas e experiências e não deixe de acompanhar o blog, inscreva-se!

Comments


bottom of page