5 coisas que você deve fazer para ajudar alguém com transtorno por uso de álcool

Olá, Dr Lucas aqui! Amplamente consumida no mundo, a bebida alcoólica acompanha a história da humanidade. Apesar de sabermos que não existem níveis seguros para consumo de álcool, trata-se da droga mais consumida no Brasil. Entretanto, nem todos desenvolvem o transtorno relacionado à substância. Aqui eu trago 5 coisas que você deve fazer para ajudar alguém com transtorno por uso de álcool.

Abstinência de álcool: se desenvolvem aproximadamente 4 a 12 horas após a redução do consumo. Como a abstinência de álcool pode ser desagradável e intensa, os indivíduos podem continuar o consumo apesar de consequências adversas, frequentemente para evitar ou aliviar os sintomas. Assim que um padrão de uso repetitivo e intenso se desenvolve, indivíduos com transtorno por uso de álcool podem dedicar grandes períodos de tempo para obter e consumir bebidas alcoólicas.

Fissura por álcool: desejo intenso de beber, o qual torna difícil pensar em outras coisas e frequentemente resulta no início do consumo. O desempenho escolar e profissional também pode sofrer tanto devido aos efeitos posteriores ao consumo como devido à intoxicação em si na escola ou no trabalho; pode haver negligência dos cuidados com os filhos ou dos afazeres domésticos; e ausências relacionadas ao álcool podem ocorrer na escola ou no trabalho. O indivíduo pode usar álcool em circunstâncias que representam perigo para a integridade física (p. ex., conduzir veículos, nadar, operar máquinas durante intoxicação).

Por fim, indivíduos com transtorno por uso de álcool podem continuar a consumir a substância apesar do conhecimento de que o consumo contínuo representa problema significativo de ordem física (p. ex., “apagões”, doença hepática), psicológica (p. ex., depressão), social ou interpessoal (p. ex., brigas violentas com o cônjuge durante intoxicação, abuso infantil).

5 coisas que você deve fazer para ajudar alguém com transtorno por uso de álcool:

1. Entender que a pessoa muitas vezes não interpreta o uso de álcool como um transtorno. Isto é essencial para evitar tecer julgamentos, que não irão ajudar o caminho da cura.

2. O objetivo deve ser a abstinência completa. Porém, conforme a quantidade de ingesta e grau de dependência, uma abordagem para reduzir o uso pode ser necessária.

3. Identificar o quão motivado está a pessoa. Para isto, pode ser realizada a entrevista motivacional.

4. Conhecer o modelo da Intervenção Breve, que consiste em uma série de etapas para promover a mudança comportamental.

5. Saber quando buscar ajuda médica: caso você não se sinta apto para realizar os passos anteriores ou perceba se tratar de um quadro mais grave, a avaliação médica e psiquiátrica poderá promover uma oportunidade de lidar com os sintomas da abstinência e, juntamente com psicólogos e terapeutas, promover o tratamento completo.

Devido à sua importância, a entrevista motivacional e a intervenção breve serão abordadas em um post separado.

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